VALE ABRAÃO
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Categoria hospedeira: Programação
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in Ciclo do mês
DIA 3 ABR | 21H30 | IPDJ
VALE ABRAÃO
Manoel de Oliveira, Portugal/França, 1993, 203', M/12
sinopse, ficha técncia e trailer: aqui
notas críticas
Vale Abraão, de Manoel de Oliveira, é um dos mais belos filmes do Mundo. - Cahiers Cinéma
A força da narrativa torna-a cada vez mais envolvente, e este é de longe o mais acessível filme de Oliveira. - Variety
Uma nova obra-prima. Um filme soberbo de frescura e serenidade. - Le Soir
Temos com Oliveira um dos poucos nomes da cultura portuguesa em todo o mundo. Leonor Silveira dá-nos uma das mais notáveis representações do cinema português. - Eduardo Prado Coelho, Público
A serenidade absoluta de um artista completamente livre. Raramente houve tanto amor nas imagens e sensualidade nas palavras. - Libération
Lírico,elegíaco, indócil ao ar do tempo. - Le Figaro
Dez minutos de aplausos. Esplêndida Bovary de Manoel de Oliveira. - Corriere della Sera
Leonor Silveira é uma Ema espantosa. Vale Abraão é filmado com uma minúcia de uma inteligência esmagadora. - Le Monde
As minhas desculpas Renoir! As minhas desculpas Minnelli! As minhas desculpas Chabrol! Todas vocês filmaram uma Madame Bovary. Mas aquela que a partir de agora se vai impôr nas nossas memórias, é a Ema de Oliveira... Vale Abraão, essa maravilha, esse deslumbramento, essa incrível aliança entre o rigor total e a liberdade absoluta. – Télérama
O mais belo filme de Oliveira
Para tornarmos as coisas inteiramente nítidas, direi desde já que "Vale Abraão" é, para mim, o mais belo filme de Oliveira depois de "Francisca". O mais divertido depois do espantoso "O Passado e o Presente". E o mais violentamente sexual de todos os filmes portugueses que vi até hoje.(...)
Não se adaptou, não se transpôs. Fez-se um admirável trabalho de contraposição. Quem tiver lido o romance de Agustina, percebe que ele foi escrito sem pensar no cinema, e de certo modo contra o cinema. Daí que se torne necessário sublinhar o prodigioso trabalho de reescrita fílmica que Oliveira operou: soube cortar, simplificar, condensar, concatenar, focar, intensificar. A sua actuação é um modelo.
Inocência? Que absurdo! Se há qualquer coisa que faz de "Vale Abraão" uma permanente festa para a inteligência, é a possibilidade de vermos os efeitos do trabalho cúmplice de dois perversos, Agustina e Oliveira, que levam a sua perversidade ao ponto de poderem passar por inocentes.
Dá gosto: onde Agustina corta com a frieza de um cirurgião, vem Oliveira e re/corta, re/marca, com o requinte e a ferocidade que só a repetição permite. Daí o prazer que o espectador retira de ver a dupla batida das marcas: as formas literárias de Agustina, as formas fílmicas de Oliveira. - Eduardo Prado Coelho (Público)
(...) o seu novo filme é, mais uma vez, uma maravilha. E uma surpresa, porque este jovem cineasta de quase 85 anos possui o segredo e a arte de, sempre, sempre, filme após filme, nos surptreender, muito embora, no fundo, o universo Oliveira esteja sempre presente. - Rodrigues da Silva (Jornal de Letras)