Marés Vivas
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Categoria hospedeira: Programação
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in Ciclo do mês
IPDJ | 27 NOV | 21H30
MARÉS VIVAS
Jia Zhangke, CN/FR/JP, 2024, 111’, M/12
sinopse, ficha técnica e trailer: aqui
notas críticas
Como todos os filmes de Jia, é um belo filme sobre arquitectura, urbanismo, espaço, unidos por um sentimento de perda que tem na música o seu principal elemento destilador. As canções, das mais tradicionais às mais pop, a que Jia sempre foi atento, como veículo expressivo das mutações e modulações da cultura popular chinesa: são omnipresentes no filme (…) É um filme que faz da musicalidade a sua ideia-chave, no diálogo entre som e imagem, mas também na articulação entre imagens, na sugestão da passagem do tempo, ou entre tempos, a música a ser a expressão que comanda, que extrai sentido às imagens (ou que lhes “rouba” sentido), que lhes enforma o fluxo, e que determina a profunda beleza deste filme e, usemos a palavra, do seu sentimentalismo. Luís Miguel Oliveira, Público
A China mudou demasiado depressa contra o desejo do seu maior retratista, que fixou o país no rosto da atriz predileta e companheira. “Marés Vivas”: Jia Zhang-ke e Zhao Tao numa panorâmica de 25 anos. Francisco Ferreira, Observador
Na sua abrangência temporal e dramática, o filme é um legítimo herdeiro de um género multinacional - o melodrama - que, além do mais, sabe evitar as convenções de um certo cinema “histórico”, em que se confunde o fazer história com a acumulação de personagens que se esgotam na sua banalidade “simbólica”. Aliás, se simbolismo aqui existe, é de natureza pessoal e conjugal - isto porque no centro de Marés Vivas surge, uma vez mais, a híper talentosa Zhao Tao, casada com Jia Zhang-ke e musa do seu cinema desde Plataforma (2000), uma evocação da ressaca social e cultural gerada pelas convulsões da Revolução Cultural maoista. João Lopes, DN
- Les Inrocks ★★★★★
Positif ★★★★ -
- Le Monde ★★★★
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- Libération ★★★★