Céu em Chamas
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Categoria hospedeira: Programação
QUINTALÃO (TRASEIRAS DO MUSEU MUNICIPAL DE FARO) | 21H45
DIA 12 agosto (2ªF)
DEGELO
Susana Miguel António, PT, 2022, 11’
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CÉU EM CHAMAS/ ROTER HIMMEL
Christian Petzold, DE, 2023, 102’, M/12
sinopses, fichas técnicas e trailer: aqui
críticas e imprensa
Petzold tinha escrito “Céu em Chamas” como uma distopia mas a meio da pandemia, por causa dos “estranhos sonhos” que a febre lhe trouxe quando foi infetado, decidiu mudar de registo e adaptar as ideias a uma comédia de verão, coisa que, na Alemanha, culpa da meteorologia, “nunca foi um género cinematográfico”, assim nos contou ele em entrevista. “Céu em Chamas” vem daqui, “da febre e de personagens um bocadinho à nora que receiam estar a passar o último verão das suas vidas, com catástofes climáticas à mistura.” Francisco Ferreira, Expresso
Se tivesse de resumir o cinema de Christian Petzold numa palavra, essa palavra seria "identidade". É através dela que as suas personagens se movem tanto nas ruínas da história da Alemanha, como em contextos de migração ou até dentro da mitologia. Em Céu em Chamas, por sua vez, o cineasta de Phoenix apurou uma ideia que já vinha definindo a sua forma de ver a identidade: o nosso Cartão de Cidadão é aquilo que fazemos, a nossa profissão. E, mais do que nunca, isso é verdade num filme onde a personagem principal, um jovem escritor chamado Leon, de-férias-a-trabalhar numa casa de verão que partilha com um amigo, fica de olho na jovem mulher que está também lá hospedada. "O que é que ela faz?", pergunta ao amigo quando a vê sair de manhã na sua bicicleta. Estamos algures na costa báltica e ela vende gelados à beira da praia. Apesar da agradável aura misteriosa, não será uma pessoa com o intelecto de Leon, supõe o próprio. Inês N. Lourenço, Diário de Notícias
Porque Christian Petzold, ainda que ancorado no palpável, nos elementos (aqui, o fogo), sabe falar das coisas sem as mencionar, num jogo que cumulativamente escapa das nossas mãos e nos prende. O que lá está não é, à partida, visível, mas, sob a camada fina de simplicidade, há muito que simultaneamente se esconde e se revela. Daniela Rôla, À Pala de Walsh
O novo filme de Christian Petzold não é apenas brilhante, é ainda melhor: magnético. Frustração e desejo, tensão e sensualidade electrizam cada plano. Julien Rousset, Sud Ouest ★★★★★
Petzold coloca o seu filme, aparentemente simples, na zona perturbadora de incerteza, do abismo, da destruição. Fernando Ganzo, Cahiers du Cinéma ★★★★
O filme nada nessa misantropia sombria, flutua nas insinuações, tem um ar próprio, inteligente e civilizado. A câmera de Petzold nunca pára. Eric Neuhoff, Le Figaro
Refinado e deliciosamente envenenado. Adrien Gombeaud, Les Echos ★★★★
[Este] CÉU EM CHAMAS, que provoca constantemente espanto, é de uma profundidade soberba. Frédéric Strauss, Télérama ★★★★