Golpe de Sorte
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Categoria hospedeira: Programação
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in Ciclo do mês
DIA 14 DEZ | IPDJ | 21H30
GOLPE DE SORTE
Woody Allen, UK/FR, 2023, 93’, M/12
ficha técnica, sinopse e trailer: aqui
notas críticas
Rodado em França com um elenco todo francês, "Golpe de Sorte", de Woody Allen, volta a trabalhar as ideias de liberdade individual, acaso, sorte e coincidência.
Pelo seu enredo, pela ideia narrativa, pelo desenvolvimento dramático e pelas implicações existenciais e morais, Golpe de Sorte é reminiscente de (melhores) filmes anteriores de Woody Allen como Crimes e Escapadelas e Match Point, tendo uma personalidade e um toque mais leve — e um desenlace digno da melhor comédia negra (que é ao mesmo tempo uma “piada de sogras” macabra). O filme é ainda evocativo do cinema de um realizador como Claude Chabrol, através do meio burguês em que decorre e de um enredo que envolve adultério, ciúmes e vingança, com uns pozinhos hitchcockianos.
Allen filma Golpe de Sorte com a elegância eficaz e a limpidez no contar que lhe são conhecidas, o equivalente cinematográfico de um compositor cuja partitura não tem uma nota a mais nem a menos, e que flui sem a menor impressão de elaboração ou de esforço (e por falar em música, a banda sonora, cheia de jazz dos anos 60, é surpreendentemente “modernaça”, tendo em conta os gostos do realizador).
Eurico de Barros, observador
"Golpe de Sorte" é o novo filme de Woody Allen e delicia-nos da primeira à última imagem.
João Antunes, jn
O bom velho Woody Allen está de volta.
É um drama com sorrisos, uma história de adultério castigado. Com uma certeza: no vagar dos acasos, amores e culpas caminham para o oblívio.
Jorge Leitão Ramos, Expresso
Escutando a música das palavras
Woody Allen muda de cenário, mas prossegue a metódica observação das relações homens/mulheres: Golpe de Sorte é uma história de Paris, falada em francês, com a contribuição essencial de Vittorio Storaro na direção fotográfica.
(...)
... com desarmante naturalidade (nada a ver com naturalismo), Golpe de Sorte consegue uma proeza tão cristalina que quase nos esquecemos dela. A saber: a musicalidade das palavras escritas por Woody Allen está presente em todo o seu esplendor, mesmo com diálogos totalmente em francês.
João Lopes, dn