URSOS NÃO HÁ
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Categoria hospedeira: Programação
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in Ciclo do mês
2 FEV | 21H30 | IPDJ
URSOS NÃO HÁ
Jafar Panahi, Irão, 2022, 106’
sinopse, ficha ,técnica e trailer: aqui
notas críticas
O seu auto-retrato eleva-se a um novo nível de invenção, mas ao mesmo tempo desce a uma nova profundidade do desespero, no complexo, lúdico, colérico e devastador Ursos Não Há. Panahi interroga brilhantemente o fundamentalismo religioso, a misoginia do sistema e a dificuldade de filmar no Irão. Los Angeles Times
Uma obra-prima. Rolling Stone
A mais recente obra-prima metaficcional de Jafar Panahi. No filme, Panahi interpreta uma versão levemente ficcional de si próprio, um cineasta controverso enfiado numa aldeia fronteiriça iraniana, tentando escapar à vigilância das autoridades enquanto realiza à distância um filme na vizinha Turquia. O que começa como uma sátira aparentemente gentil torna-se um acerto de contas oportuno com os dilemas morais enfrentados pelas pessoas - especialmente as mulheres – que vivem sob um regime patriarcal e ditactorial. Film Comment
Um triunfo formal. Retrata os absurdos diários dos iranianos cujas vidas são governadas pela vigilância e a superstição. The New Yorker
Panahi faz um filme sobre um cineasta chamado Jafar Panahi (interpretado por ele próprio) que foi proibido de fazer filmes e faz uma ousada viagem até à fronteira turca para criar a sua arte. Embora seja uma versão ficcionada da vida do realizador, é um lembrete comovente e multifacetado do poder do cinema e do heroísmo real necessário para combater a opressão. Wired
Em Ursos não há, Panahi interpreta-se a si próprio, permitindo-se expressar ainda mais perplexidade e raiva do que revela nos seus filmes anteriores. O peso metafórico de Ursos não há é poderoso. No filme, Panahi é mantido refém por aldeões que, sem pensar, favorecem a tradição e a superstição sobre a humanidade, uma versão do que o seu governo faz na vida real, mas de uma forma ainda mais traiçoeira. Time
Poderosa ficção autobiográfica do cineasta iraniano agora preso, testemunha o esgotamento do povo diante de um regime pernicioso. Libération
Uma forma de rebelião contra uma ordem social hipócrita que é um eco premonitório das atuais revoltas das mulheres no Irão. Ao tirar o hijab, elas dizem à sua maneira: circulem, não há nada para ver, não há ursos. Cahiers du Cinéma
Rodado na clandestinidade (e passado a um festival internacional, como aconteceu a Isto não é um Filme que chegou a Cannes numa pen dentro de um bolo), conta a história de um realizador no interior do Irão, na fronteira com a Turquia, que filma, sem o conhecimento das autoridades e procurando passar despercebido às mesmas, uma história, que ele quer o mais verdadeira e real, sobre os que fogem pela fronteira procurando vida fora do Irão. E quem interpreta a figura do realizador? Jafar Panahi, ele próprio cineasta proibido de filmar e de sair do país. E que se chama no filme Panahi. Vasco Câmara, Público