Diários de Otsoga
-
Categoria hospedeira: Home
-
in Programação
5ªF | 25 NOV | IPDJ | 21H30
DIÁRIOS DE OTSOGA
Maureen Fazendeiro e Miguel Gomes, Portugal/frança, 2021, 101', M/12
sinopse, ficha técnica e trailer:aqui
notas críticas
A única premissa é acompanhar a equipa de rodagem (desse mesmo filme), apenas com a intenção de rodar as cenas num inverso cronológico. (…) Nesses propósitos encontramos o trio Crista Alfaiate, Carloto Cota e João Monteiro à procura de um filme. Eles e a equipa. Por isso, este filme tem uma ressonância tão orgânica como “Aquele Querido Mês de Agosto“. Como que a confirmar a necessidade do cinema, e dos seus processos, antes de mais. E não há muito mais a dizer, a não ser que se trata de um filme que pesquisa essa doçura especial do verão (a certa altura Maureen sugere a inspiração de um livro do Pavese) e esse dolce fare niente tão cinematográfico (Jorge Silva Melo adaptou um outro livro do Pavese, para o seu “Agosto“). Essa pode ser a ideia do cinema. O resto passa pelo trabalho, pelas discussões. Nem que seja o argumento do técnico de som Vasco Pimental sobre os itens do pequeno-almoço. O resto é conversa. Paulo Portugal, C7nema
Filmado durante o confinamento no verão do ano passado, Diários de Otsoga acompanha a rotina estival de três pessoas, Crista Alfaiate, Carloto Cotta e João Nunes Monteiro, que se deixam levar pela vida vagarosa numa casa de campo. Passeios pelos pomares que fazem lembrar velhos clássicos de Éric Rohmer, tardes ociosas e a construção de um borboletário são as principais atividades que ocupam este trio ao longo dos 25 dias registados neste diário.(…)
É um filme sobre uma velha questão que existe agora, com Covid ou sem Covid, esta coisa de vivermos juntos, de sermos uma comunidade“, disse Miguel Gomes à Lusa. E Diários de Otsoga é precisamente isso. Um filme divertido sobre as idiossincrasias de uma equipa de produção em confinamento, as suas dinâmicas, confusões sobre papéis e questões logísticas – que não seriam muito diferentes noutra altura. Fresco, esteticamente belo e, por vezes, hilariante, Diários de Otsoga é uma carta de amor às memórias do Verão. Kenia Sampaio Nunes, Espalhafactos
outras leituras
Manual para filmar o tempo sem futuro - Cláudia Sobral, Novo Semanário
Entre confinar e rebobinar - Alexandre Abrantes Neves, Visão
Diários de Otsoga – Modos de Ficção - Luís Miranda, Cinema7arte
'Diários de Otsoga'. Agosto sob o signo de Pavese - Inês N. Lourenço, Diário de Notícias
entrevistas
A ficção é um beijo - Manuel Halpern, Jornal de Letras
Miguel Gomes: “Os filmes não se medem pelos seus orçamentos” - Hugo Gomes, mag.sapo
"Foi o primeiro e, provavelmente, o último filme que fizemos juntos" - Rui Pedro Tendinha, Diário de Notícias