Cineclube de Faro Cineclube de Faro
  • Início
      • Agendas
  • Sobre nós
      • Ser sócio
      • Ser voluntário
  • Programação
      • Histórico
      • Imprensa
  • Biblioteca
  • Video Lucem 18/19
  • Formação
  • Contactos
  • Ligações
  • Entrada_
  • Programação_
  • Ciclo do mês_
  • Ciclo do mês - Junho/Julho 2020_
  • Retrato da rapariga em Chamas

Retrato da rapariga em Chamas

Categoria hospedeira: Ciclo do mês
in Ciclo do mês - Junho/Julho 2020

18 JUN | Esplanada IPDJ | 22h00
Retrato da Rapariga em Chamas, Céline Sciamma, França, 2019, 121', M/12

sinopse, ficha técnica e trailer: aqui

críticas

“Retrato da Rapariga em Chamas”: a verdade emocional de um filme sublime
A história de um romance homoerótico que, arrancando em lume brando, depressa se incendiará
É sob o signo da distância que o filme começa, aterrando numa escola de pintura para raparigas na França do séc. XVIII, onde uma jovem professora vai instruindo as suas alunas, enquanto posa para elas. A descoberta, na sala, de uma tela outrora pintada pela professora, desencadeia um flashback que nos transportará com ela até uma ilha da Bretanha. Aí, a protagonista instalar-se-á numa mansão para levar a cabo a missão da qual foi incumbida por uma condessa italiana: a de pintar, em segredo, o retrato da sua filha, que — contra sua vontade — foi prometida em casamento a um aristocrata milanês. Para furtar a imagem de uma modelo que recusa posar, ela far-se-á passar pela sua dama de companhia, passeando com ela durante o dia, e aproveitando as noites para forjar o retrato.
Eis a base de um filme que condensa para intensificar, reduzindo ao mínimo o elenco e o seu espaço-tempo (o grosso da ação decorre na mansão, ao longo de um par de semanas), para melhor analisar a relação das duas mulheres. Neste quadro, é notável verificar o modo como o gradual afunilamento da escala visual (os planos médios, em flirt com a pintura naturalista da época, vão sendo cada vez mais intervalados por grandes planos) traduz a crescente intimidade das personagens, que cedo se tornam cúmplices: a modelo aceita posar para a pintora, após esta destruir o primeiro retrato que dela fez.
Essa amizade prepara um romance homoerótico que, arrancando embora em lume brando, depressa se incendiará. Na sua descrição, o que é magnífico é a forma como a criação do retrato corresponde à aproximação das amantes: quanto mais elas superam a distância entre pintora e modelo, mais a obra ganha vida. É certo que Sciamma abusa do simbolismo — seja ele sensível (a imagem e o som do fogo), seja ele literário (o mito de Orfeu) —, mas esse investimento nunca perturba a verdade emocional do filme, cujo epílogo comete a proeza de nos oferecer um corpo que verte lágrimas em chamas. Sublime.
Vasco Baptista Marques, Expresso

rapariga chamas

Pintura e a pose, numa palavra, o amor
Venceu o prémio de argumento em Cannes: "Retrato da Rapariga em Chamas", de Céline Sciamma, é um belo exercício sobre os poderes secretos da pintura. Com duas actrizes em estado de graça: Adéle Haenel e Noémie Merlant.
Dir-se-ia que entre pintura e cinema sempre existiu um jogo de sedução que já deu origem a filmes tão invulgares como "A Bela Impertinente", de Jacques Rivette, ou "Van Gogh", de Maurice Pialat (ambos franceses, ambos de 1991). No caso de "Retrato da Rapariga em Chamas" — distinguido em Cannes/2019 com o prémio de argumento —, dir-se-ia que a perturbação da pintura começa no seu valor de troca.
Troca de quê? Ou para quê? Pois bem, no sentido de um contrato conjugal: em finais do século XVIII, Marianne chega a uma ilha da Bretanha para pintar o retrato de Héloïse, retrato esse que pode desempenhar um papel decisivo na consumação do casamento de Héloïse. Neste universo de predomínio do masculino, é no espaço do feminino que se decide a verdade dos desejos.
Acontece que nenhuma imagem, a começar pelo retrato de um ser humano, "reproduz" o que quer que seja. A sua figuração envolve sempre um elo, transparente ou inconsciente, entre aquele (ou aquela) que faz pose e aquele (ou aquela) que transforma essa pose em matéria visual. Dito de outro modo: no jogo de olhares que se instala, Marianne e Héloïse são tocadas pelo fogo do amor.
Céline Sciamma é uma cineasta dos enigmas passionais e, mais do que isso, da dimensão mais secreta das identidades sexuais — lembremos o seu magnífico "Tomboy/Maria-Rapaz" (2011). Agora, através do requintado contributo de Noémie Merlant e Adèle Haenel, respectivamente como Marianne e Héloïse, Sciamma encena qualquer "coisa" que escapa às regras correntes das alianças humanas, expondo a dimensão sobre-humana de uma entrega amorosa — cinema do visível, pressentimento do invisível. 
João Lopes, rtp.pt/cinemax

Calendário

Ano anteriorMês anteriorPróximo anoPróximo mês
janeiro 2021
Seg. Ter. Qua. Qui. Sex. Sáb. Dom.
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
Capitão Dentes de Sabre e o Diamante Mágico
11:00
IPDJ
Marit Moum Aune e Rasmus A. Sivertsen. NO:2019.81'
Data : 31-01-2021

Ciclo do Mês

  • ciclo do mês - abril 2018
  • ciclo do mês - janeiro 2019
  • ciclo do mês - março 2019
  • ciclo do mês - fevereiro 2019
  • ciclo do mês - abril 2019
  • ciclo do mês - maio 2019
  • ciclo do mês - junho 2019
  • Ciclo do mês - outubro 2019
  • Ciclo do mês - novembro 2019
  • Ciclo do mês - dezembro 2019
  • Ciclo do mês - Janeiro 2020
  • Ciclo do mês - Fevereiro 2020
  • Ciclo do mês - Março 2020
  • Ciclo do mês - Junho/Julho 2020
  • Ciclo do mês - Outubro 2020
  • ciclo mês - novembro20
  • Ciclo de Mês . Dezembro 2020
Cineclube de Faro
Login or register
Esqueceu-se do nome de utilizador? / Esqueceu-se da senha?
Login with Facebook
Login with Google +